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Posted by Meninas do Clique Diário
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06:02
Existem muitos impedimentos para um jornalista na hora de fazer um texto, a linha editorial do meio de comunicação a que pertence e a própria classificação de gêneros, são exemplos.
A ideologia por traz de uma emissora ou editora acaba norteando a produção textual do profissional que por pertencer a determinada empresa se vê obrigado a seguí-la mesmo sem concordar. Porém, para o leitor, essa ideologia não é explicitamente passada. Ao longo do texto, ele pode ir identificando-a pelas marcar textuais lá presentes.
Cada meio de comunicação, possui seu "manual" que explica como as produções de seus profissionais devem ser feitas. No entanto, você nunca vai encontrar escrito coisas do tipo : "você deve escrever assim porque nós pensamos de tal jeito".
Outra dificuldade que os jornalistas encontram é a divisão de gêneros. Artigos, colunas, crônicas, resenhas, editorias, são alguns exemplos. O principal problema dessa divisão é que cada um possui uma maneira específica de ser feito e muitas vezes não permitem ao profissional criar e ir além em cima de sua criatividade. Assim, a produção fica limitada e é cada vez mais comum encontrarmos textos muito semelhantes.
Num mundo ideal, o jornalista teria a liberdade de escrever conforme suas próprias convicções e da maneira que acredita ser melhor compreendido. Mas isso não é possível, pois não podemos esquecer que o jornalista sempre trabalha para alguém e, a fim de manter seu emprego precisa se submeter a certas coisas.
Fonte da imagem
http://tintafresca.blogs.sapo.pt/arquivo/jornalista.jpg
2 Comments
20 de maio de 2009 às 12:21
Ser jornalista hoje é trabalhar para uma empresa e para um método de produção diferente, onde realmente você não tem uma liberdade ampla para objetivar seu público. Precisa ter "jogo de cintura" e criatividade para achar brechas em conseguir expressar-se!
Márcio Oliveira
www.blogterceiravisao.blogspot.com
Muito bem argumentada e transparente a sua matéria. É útil para os novos jornalistas que estão em início de carreira, o único ponto ruim, porém verdade, é o fato dos jornalistas terem que assumir pontos de vista, o que nos leva a encarar a realidade : vivemos em um mundo sem real liberdade de expressão. Afinal as midias são todas manipuladas, o que é muito triste em um munto tão globalizado e moderno como o nosso.
Luiza
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Plantão G1
ENTREVISTAS
Entrevista com Agostinho Teixeira - 19 anos de jornalismo. Formado na PUC-SP. Atualmente atua na Rádio Bandeirantes.
Clique Diário 1 - Onde você começou a trabalhar?
Agostinho Teixeira - Eu comecei a trabalhar na Rádio Jovem Pan aqui de São Paulo no mesmo ano em que eu comecei a faculdade (1986).
Clique Diário 2 - Em qual área do jornalismo você atua no momento?
Agostinho Teixeira - Hoje eu faço o que costumam chamar de 'jornalismo investigativo', o que tem uma distorção, afinal todo jornalismo deveria ser, investigativo; mas como tem toda essa correria do dia-a-dia esse jornalismo diário acaba sendo menos profundo, então, criou-se essa modalidade que permite que você pegue um tema e se aprofunde um pouco mais.
Clique Diário 3 - Qual é a sua função na Bandeirantes?
Agostinho Teixeira - Na verdade os repórteres daqui não exercem uma função específica; eles produzem um material que vai ser veiculado em todos os meios da emissora. Eventualente eu apresento alguns programas. Por exemplo, esse final de semana eu estou de plantão, então vou apresentar o programa 'Primeira Hora'. Eu também apresento o 'Gente', o 'Jornal do Sábado', o 'Manhã Bandeirantes'... mas como repórter eu produzo para toda a programação.
Clique Diário 4 - Por que você escolheu essa profissão?
Agostinho Teixeira - É meio difícil responder isso. Eu desde pequeno ouvia muito rádio, mas eu nem sabia direito que eu queria ser jornalista; só sabia que eu queria mesmo trabalhar com rádio. Foi aí que eu descobri que para trabalhar em rádio é preciso fazer jornalismo; então o jornalismo foi uma consequência dessa minha vontade. Eu não me vejo fazendo outra coisa
Clique Diário 5 - Como foi o começo da sua carreira? Foi difícil?
Agostinho Teixeira - Tudo na vida é um pouco difícil. Entrar na faculdade não foi fácil, arranjar emprego não foi tão difícil assim, mas eu comecei do zero...nas categorias mais razas do rádio. Mas aí você vai subindo, cada degrau de uma vez.
Clique Diário 6 - Qual conselho você daria para os iniciantes?
Agostinho Teixeira - O jornalismo é muito concorrido desde a entrada na faculdade, a formatura e a procura de um espaço no mercado de trabalho. Evite cair no modismo do glamour da figura do jornalista e tenha vontade, mesmo que você tenha dificuldade, não desista porque oportunidade sempre aparece.
**********************************
Entrevista com Fernando Moreno - 30 anos de rádio e 25 anos no jornalismo. Atualmente atua na rádio Gazeta FM das 22:00 às 2:00 horas e é locutor de chamadas do SBT.
Clique Diário 1- Desde quando você iniciou a carreira, houve alguma mudança na abordagem jornalística?
Fernando Moreno - Com certeza, as mudanças ocorrem sempre. De geração a geração. No início não tínhamos a tecnologia que temos hoje, as reportagens eram inocentes, sem malícia. Não havia disputa por furo de reportagem.
Hoje existem vários canais para reportar um acontecimento, há briga para sair na frente do concorrente e para passar a informação em primeira mão.
Mudou a linguagem da informação sim! Está apelativa em algumas emissoras e jornais.
Clique Diário 2 - Qual foi o seu primeiro emprego? Conte se gostou da experiência e como foi.
Fernando Moreno - Comecei em rádio notícia (Sistema A Tribuna - Rádio e Jornal). Na época tínhamos que colher a notícia "fresca" e fazer toda a produção até chegar aos ouvidos das pessoas. Tudo virava notícia e era motivo para divulgar.
Era início de ano, quando nada acontece mas você tinha que inventar algo. Era difícil no começo, mas todo começo é "cru". Fazíamos a previsão do tempo e horóscopo (era um saco).
Aprendi muito na reportagem, na redação, na produção e na etapa final (conclusão). Faria tudo outra vez. Depois fui trabalhar no Jornal do Brasil.
Clique Diário 3- O rádiojornalismo tem, hoje em dia, a função de prestar serviços ou a função informativa?
Fernando Moreno - As duas funções. Prestadora de serviços e de passar a informação. Estar sempre atento aos acontecimentos seja ele o que for. Notícia é notícia!
Prestar serviço de utilidade pública, pessoas desaparecidas, acidentes, trânsito, estradas, resportagem poilical, enfim temos que filtrar alguns acontecimentos dependendo da estação em que você exerce a sua função. As vezes não podemos relatar aquilo que queremos. Política existe em todo lugar. Temos que respeitar as normas de informações do canal.
Rádio é dinâmico, rápido, instantâneo, objetivo, vivo, é maravilhoso!
Clique Diário 4 - Como é ser locutor? Existe algum tipo de técnica que você usa?
Fernando Moreno - Para ser locutor não precisa ter voz. É preciso interpretar e vender aquilo que você lê (sempre).
Existe técnica para tudo: locutor (noticiarista), vendedor de notícia, locutor apresentador, anunciador, comunicador, esportivo, narrador, comercial e assim vai...
Existe técnica para cada setor que você atua. Eu, por exemplo, trabalho em FM, TV e gravo comerciais. Para cada um eu tenho uma técnica adequada, não é fácil, mas a experiência ensina e você aprende na necessidade e prática.
Ser locutor é muito legal e a cada dia aprimoramos mais e mais.
Clique Diário 1 - Onde você começou a trabalhar?
Agostinho Teixeira - Eu comecei a trabalhar na Rádio Jovem Pan aqui de São Paulo no mesmo ano em que eu comecei a faculdade (1986).
Clique Diário 2 - Em qual área do jornalismo você atua no momento?
Agostinho Teixeira - Hoje eu faço o que costumam chamar de 'jornalismo investigativo', o que tem uma distorção, afinal todo jornalismo deveria ser, investigativo; mas como tem toda essa correria do dia-a-dia esse jornalismo diário acaba sendo menos profundo, então, criou-se essa modalidade que permite que você pegue um tema e se aprofunde um pouco mais.
Clique Diário 3 - Qual é a sua função na Bandeirantes?
Agostinho Teixeira - Na verdade os repórteres daqui não exercem uma função específica; eles produzem um material que vai ser veiculado em todos os meios da emissora. Eventualente eu apresento alguns programas. Por exemplo, esse final de semana eu estou de plantão, então vou apresentar o programa 'Primeira Hora'. Eu também apresento o 'Gente', o 'Jornal do Sábado', o 'Manhã Bandeirantes'... mas como repórter eu produzo para toda a programação.
Clique Diário 4 - Por que você escolheu essa profissão?
Agostinho Teixeira - É meio difícil responder isso. Eu desde pequeno ouvia muito rádio, mas eu nem sabia direito que eu queria ser jornalista; só sabia que eu queria mesmo trabalhar com rádio. Foi aí que eu descobri que para trabalhar em rádio é preciso fazer jornalismo; então o jornalismo foi uma consequência dessa minha vontade. Eu não me vejo fazendo outra coisa
Clique Diário 5 - Como foi o começo da sua carreira? Foi difícil?
Agostinho Teixeira - Tudo na vida é um pouco difícil. Entrar na faculdade não foi fácil, arranjar emprego não foi tão difícil assim, mas eu comecei do zero...nas categorias mais razas do rádio. Mas aí você vai subindo, cada degrau de uma vez.
Clique Diário 6 - Qual conselho você daria para os iniciantes?
Agostinho Teixeira - O jornalismo é muito concorrido desde a entrada na faculdade, a formatura e a procura de um espaço no mercado de trabalho. Evite cair no modismo do glamour da figura do jornalista e tenha vontade, mesmo que você tenha dificuldade, não desista porque oportunidade sempre aparece.
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Entrevista com Fernando Moreno - 30 anos de rádio e 25 anos no jornalismo. Atualmente atua na rádio Gazeta FM das 22:00 às 2:00 horas e é locutor de chamadas do SBT.
Clique Diário 1- Desde quando você iniciou a carreira, houve alguma mudança na abordagem jornalística?
Fernando Moreno - Com certeza, as mudanças ocorrem sempre. De geração a geração. No início não tínhamos a tecnologia que temos hoje, as reportagens eram inocentes, sem malícia. Não havia disputa por furo de reportagem.
Hoje existem vários canais para reportar um acontecimento, há briga para sair na frente do concorrente e para passar a informação em primeira mão.
Mudou a linguagem da informação sim! Está apelativa em algumas emissoras e jornais.
Clique Diário 2 - Qual foi o seu primeiro emprego? Conte se gostou da experiência e como foi.
Fernando Moreno - Comecei em rádio notícia (Sistema A Tribuna - Rádio e Jornal). Na época tínhamos que colher a notícia "fresca" e fazer toda a produção até chegar aos ouvidos das pessoas. Tudo virava notícia e era motivo para divulgar.
Era início de ano, quando nada acontece mas você tinha que inventar algo. Era difícil no começo, mas todo começo é "cru". Fazíamos a previsão do tempo e horóscopo (era um saco).
Aprendi muito na reportagem, na redação, na produção e na etapa final (conclusão). Faria tudo outra vez. Depois fui trabalhar no Jornal do Brasil.
Clique Diário 3- O rádiojornalismo tem, hoje em dia, a função de prestar serviços ou a função informativa?
Fernando Moreno - As duas funções. Prestadora de serviços e de passar a informação. Estar sempre atento aos acontecimentos seja ele o que for. Notícia é notícia!
Prestar serviço de utilidade pública, pessoas desaparecidas, acidentes, trânsito, estradas, resportagem poilical, enfim temos que filtrar alguns acontecimentos dependendo da estação em que você exerce a sua função. As vezes não podemos relatar aquilo que queremos. Política existe em todo lugar. Temos que respeitar as normas de informações do canal.
Rádio é dinâmico, rápido, instantâneo, objetivo, vivo, é maravilhoso!
Clique Diário 4 - Como é ser locutor? Existe algum tipo de técnica que você usa?
Fernando Moreno - Para ser locutor não precisa ter voz. É preciso interpretar e vender aquilo que você lê (sempre).
Existe técnica para tudo: locutor (noticiarista), vendedor de notícia, locutor apresentador, anunciador, comunicador, esportivo, narrador, comercial e assim vai...
Existe técnica para cada setor que você atua. Eu, por exemplo, trabalho em FM, TV e gravo comerciais. Para cada um eu tenho uma técnica adequada, não é fácil, mas a experiência ensina e você aprende na necessidade e prática.
Ser locutor é muito legal e a cada dia aprimoramos mais e mais.